sábado, 24 de abril de 2010

Projeto da Extensão Satc promove aulas de handebol para cadeirantes

Para o esporte não há limites. É nele que vemos os melhores exemplos de força de vontade e superação. E quando esta superação ultrapassa a barreira física, é fácil compreender que tudo na vida é possível, basta querer.
A partir do projeto "Handebol para Cadeirantes", desenvolvido pela Extensão Satc, associados da Judecri (Associação dos Deficientes Físicos de Criciúma) foram convidados a praticar handebol em cadeira de rodas na própria Satc. A Judecri atua há 26 anos em Criciúma, oferecendo cursos, promovendo reuniões e lutando principalmente por melhores condições de acessibilidade. As aulas acontecem todas as segundas-feiras à noite, sob as orientações dos professores Martinho Mrotskoski e Jairo Bressan. Conforme Martinho, esta prática é mais comum no basquete, por isso a Satc investiu no diferencial do handebol. "Nos espelhamos em um projeto similar de uma ONG de Itajaí. Como o handebol da Satc é muito forte, nada mais natural investirmos nesta modalidade para um público que necessita de oportunidades." A idéia dos treinadores é inserir o time (que pode ter até sete integrantes) em competições como o Itajaí Handebol Cup e o Campeonato Catarinense de Handebol para Cadeirantes.
A animação toma conta das aulas. Durante os treinos os alunos aprendem sobre domínio de bola, mecânica do arremesso, regras e finalizam com jogo recreativo. Muitos dos participantes já praticam algum tipo de esporte, como jogo de bocha, tênis de mesa e arremesso de dardo. Rosemeri da Silva Ribeiro tem paralisia infantil na perna direita desde um ano de idade. Mas a deficiência nunca a impediu de levar uma vida normal. Casou, teve filhos, trabalha e ainda é atleta da Judecri. "Somos discriminados na família e na sociedade. Muitas vezes, quando nos reunimos com outros deficientes, percebemos que o nosso problema não é nada. As pessoas têm que evoluir muito em relação ao preconceito e iniciativas como esta da Satc ajudam neste sentido e valorizam a inclusão".
Jean Carlo de Oliveira Padilha reforça a opinião de Rosemeri. "Estas aulas são ótimas porque conseguem tirar o pessoal de casa, promovem a integração com diversas pessoas". Com 34 anos, paralítico desde os 6 meses, adora basquete e tênis de mesa. Agora quer se tornar fera também no handebol. "A maior dificuldade é movimentar a cadeira com uma mão e segurar a bola com a outra. Mas em pouco tempo estarei craque." Com certeza estes são os verdadeiros campeões.

cadeirantes do handebol miram Olimpíada

 

 

A terceira Copa Oeste de Handebol em Cadeira de Rodas demonstrou o esforço dos atletas na busca da inclusão esportiva. O objetivo das equipes agora é participar dos Jogos Paraolímpicos.
 Durante a competição, os atletas demonstraram desenvoltura e muita técnica para realizar dribles, chutes, arremessos e defesas.
A terceira Copa Oeste aconteceu entre os dias 23 a 25 de maio, na cidade de Toledo, no Paraná.
A equipe Atacar/Unipar/Toledo/PR venceu nas modalidades HCR7 masculino e HCR 4 masculino, enquanto a equipe Roda Solta/Itajaí/SC ganhou na modalidade HCR4 feminino.
Na categoria HCR7 masculino, o melhor jogador foi Henrique, da equipe Roda Solta/Itajaí/SC. O título de melhor goleiro ficou com Renato e o atleta revelação foi Daniel, todos da mesma equipe.
Já na categoria HCR4 masculino, os vencedores foram Claudiney, como melhor jogador, Diogo, escolhido melhor goleiro, e Paulinho, que ficou com o título de atleta revelação. Todos da equipe Atacar/Unipar/Toledo/PR.
Na categoria feminina HCR4, a jogadora Marisa, da equipe Roda Solta/Itajaí/SC, levou dois títulos: de melhor jogadora e melhor goleira. A atleta revelação foi Shirley, da equipe Atacar/Unipar/Toledo/PR.
O handebal em cadeiras de rodas é uma modalidade nova nos esportes adaptados. Foi criado em 2005, no município de Toledo, no Paraná, por professores do curso de Educação Física da Universidade Paranaense.
A modalidade HCR7 adapta as regras do Handebol de Salão para a prática com cadeira de rodas. O princípio é facilitar o acesso de cadeirantes que não têm possibilidades de praticar outras modalidades esportivas. A equipe é composta por sete jogadores em quadra.
A modalidade HCR4 utilizou como base para adaptações as regras do Handebol de Areia. Tem como princípio desenvolver um jogo que seja atrativo aos veículos de mídia, contribuindo para a difusão da prática do Handebol em Cadeira de Rodas. A equipe é composta por quatro jogadores em quadra e o goleiro não é fixo, diferente do HCR7.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O handebol de cadeira de rodas, esporte ainda pouco difundido, foi a grande atração da cerimônia de abertura da fase regional dos 51º Jap´s – Jogos Abertos do Paraná, em Iporã.
A equipe do Atacar/HCR/Toledo, que faz parte do Projeto de Atividade Motora Adaptada (AMA), da Unipar - Universidade Paranaense fez uma apresentação que arrancou suspiros e muitos aplausos do público que compareceu em massa no ginásio de esportes João Pepino.
O hcr “four”, com quatro jogadores cada equipe, mostrou precisão nas jogadas e, mais do que preparo físico, muita força de vontade para conduzir as cadeiras de rodas.
De acordo com a treinadora da equipe, Mariane Borges, o HCR/Toledo já participa de competições como a Copa Oeste e este ano deverá ser realizado o primeiro Campeonato Estadual da categoria, que disputarão.
A mobilização da classe também está tentando garantir para modalidade o pára-desporto, ou seja, que possa também fazer parte dos Jogos Olímpicos. “Isso iria atrair mais participantes”, explica Mariane.
Participaram da partida os jogadores Diogo, Márcio, Paulão, Paulinho, Edna, Rodrigo, Jaime e Veio. No segundo tempo de partida, dois atletas normais Julio e Kênia também disputaram o jogo de cadeira de rodas.
HANDEBOL ADAPTADO: EXPLORANDO POSSIBILIDADES

INTRODUÇÃO:
O objetivo inicial deste estudo foi realizar uma pesquisa exploratória sobre o Handebol para Cadeirantes identificando se o mesmo está sendo praticado, quais as regras utilizadas para esta prática e as possibilidades de intercâmbio.
O fato gerador deste interesse foi a vivência do autor na modalidade, onde já exerceu as funções de atleta, árbitro, treinador e dirigente e o prazer do desenvolvimento de trabalhos com Portadores de Necessidades Especiais com a implantação do Projeto de Atividades Motoras Adaptadas (Projeto AMA), junto ao Curso de Educação Física da Universidade Paranaense nos Campi Sede em Umuarama/PR e Toledo/PR, idealizado pelo Prof. Dr. José Irineu Gorla e implantado pelos autores.
O presente estudo além de identificar as iniciativas que já existem nesta modalidade pretende estabelecer parâmetros iniciais para a inclusão da modalidade no Projeto AMA e a construção de referencial teórico e técnico para implantação e evolução da modalidade no âmbito do Movimento Paraolímpico Nacional e Internacional.


METODOLOGIA:
A estratégia inicial foi identificar na internet as iniciativas que prevêem a utilização do Handebol Adaptado utilizando-se de mecanismos de busca (Google, Yahoo, UOL, MSN, AOL). Foram identificadas ações de desenvolvimento de Handebol para a Terceira Idade nas cidades de Itajaí/SC, Descalvado/SP e na Universidade Metodista de São Paulo.
Na área de handebol para cadeirantes foram identificadas iniciativas isoladas das Prefeituras de Santos, São Sebastião e Jundiaí no Estado de São Paulo, no Estado do Rio de Janeiro por parte da Prefeitura da Capital e do Centro Educacional Santa Mônica, na Bahia através do Núcleo de Educação Física e Esporte Adaptado de Feira de Santana e na Sociedade Hípica de Campinas/SP.
As ações mais consistentes e que estavam fundamentadas em registros científicos foram as desenvolvidas pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, que apresenta o registro de dois trabalhos: um apresentado por ocasião do I Congresso da Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada , em 1995 e o segundo de autoria de Daniela Eiko Itani, sob a orientação dos Professores Doutores Paulo Ferreira de Araújo e Jose Julio Gavião de Almeida, tratando do Esporte adaptado construído a partir das Possibilidades: Handebol Adaptado, publicado em 05/2004 na Revista Digital - Efdeportes em Buenos Aires, Argentina, e que serviu de apoio para a construção da proposta de regras para o Handebol Adaptado.

RESULTADOS:
A partir das dificuldades enfrentadas na implantação da modalidade na UNICAMP, tendo como referencial profissional a experiência de cinco anos de execução do Projeto AMA - Atividades Motoras Adaptadas na Universidade Paranaense - UNIPAR CAMPUS TOLEDO os autores propõe a implantação da modalidade de Handebol Adaptado em duas formas diferenciadas:
a) Handebol Sete ou Handball Seven: disputado na quadra oficial da modalidade, com tempo de jogo, número de jogadores, substituições e punições semelhantes ao Handebol de Salão, com a ressalva de que todos os jogadores podem atuar como goleiro a qualquer momento do jogo, desde que não estejam na área do goleiro dois defensores, fato que deve ser punido com um tiro de sete metros (pênalti).
b) Handebol Quatro ou Handball Four: disputado na quadra de basquete, utiliza as regras do Handebol de Praia como fundamento, apresentando as seguintes características: disputado por quatro jogadores, sendo um goleiro (mais quatro reservas). A área do goleiro é definida pelo prolongamento da linha de lance livre da quadra de basquete um metro após a linha lateral, delimitando também a zona de substituição, que coincide com a área do goleiro. O jogo é disputado em dois sets de quinze minutos cada com cinco minutos de intervalo e o placar volta a zero ao final de cada set. Em caso de empate será disputado um tempo extra de dez minutos para decidir o vencedor do jogo. O desempate no set é feito através do gol de ouro.


CONCLUSÕES:
As disposições referentes às cadeiras de rodas a serem utilizadas seguirão as normas do Basquete em Cadeira de Rodas (CBB), até que novos estudos possam ser realizados para a certificação desta adequação. O estudo ainda identificou que existem competições organizadas a nível internacional para atletas surdos (Deaflimpics) e Deficientes Mentais (Olimpíadas Especiais), com este último apresentando um protocolo de testes para classificação da deficiência e que, em novo estudo, pretende-se verificar a aplicabilidade dos testes para os cadeirantes.
Apesar de ambas as formas serem motivantes, pois envolvem somente o desenvolvimento do passe, da recepção e do arremesso, a opção por uma ou outra será determinada essencialmente pela disponibilidade de espaço físico e quantidade de praticantes.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Confirmadissimo nos dias 8 e 9 de Maio em Lauro de Freitas